Para aproveitar o feriado do 11 de Novembro (Armistice) que calhou numa óptima 3a feira o que implicou uma ponte na 2a não há nada melhor que ir passear. Desta vez fui com a Marta até à Bélgica conhecer a parte flemish: Bruges, Antuérpia e Bruxelas.
A nossa aventura começou com uma viagem atribulada na 6ª feira no TGV que nos levou até Lille onde teriamos que mudar de TGV, pelo menos pensávamos que era só isso. Não. Tivemos que ir num autocarro que fez a ligação até Mouscrou, uma cidada Belga na fronteira, no meio do nada e com um frio de morte. Aí, esperar pelo outro suposto TGV que não era mais que um combóio inter-cidades que nos levou até Bruges.
Bruges
Lá chegamos às 22.40 e com stress pois tinhamos que chegar ao hostel até às 23h, hora a que fechava. Ficamos no Passage, super referenciado no meu guia Lonely Planet. O ambiente era giro e acolhedor mas dado que era a nossa primeira experiência num hostel, não estavamos muito preparadas para o dormitório misto comum com 8 camas… À hora que chegamos já estava toda a gente a dormir (estranho!) e tivemos que procurar o numero das camas com a luz do telemovel… Resolvemos ir sair para dar uma voltinha e encontramos um pub mesmo muito giro perto da praça principal com uma lareirinha amorosa e gente simpática que preferia falar inglês que francês, como depois percebemos que era normal na parte flemish da Bélgica! No dia seguinte lá fomos explorar Bruges que é realmente lindíssimo, acolhedor, enfim, mignon! Vimos a praça central a catedral e outros edíficios com nomes impronunciáveis. Mas o melhor de Bruges é realmente o chocolate que pode ser encontrado loja sim, loja sim e sempre com óptimo aspecto. Eu e Marta, como verdadeiras gulosas, não resistimos e entramos (e compramos!) em quase todas!
Aproveitamos a localização quase costeira de Bruges, apanhamos um comboio e fomos até Knokke que é uma cidade (ou se rá só vila?) memso à beira-mar porque isto de estar em Paris muito tempo sem mar não faz muito bem! Depois de andarmos uns km lá chegamos à praia e conhecemos o mar do Norte que não cheirava a mar e tinha uma cor assim acizentada, já para não falar no frio terrível que estava. Aliás, durante estes dias estava tanto frio que a minha pele de bébé que não está habituada ficou queimada e até esfolou…
Lá voltamos até Bruges onde apanhamos mais um combóio, desta vez até Antuérpia.
Antuérpia
E mais uma aventura para encontrar o outro hostel, Op Sinjoorke Antwerpen, que ficava no meio de um jardim com um lago e a ponte que ligava um lado ao outro estava fechada pra obras… No escuro, eu e a Marta percebemos que teriamos que passar directamente por um relvado enorme (isto sempre com a mala atrás…) e lá chegamos depois de andar quase 1h. A senhora da recepção disse-nos que havia um caminho muito mais perto, tipo 5 minutos, por dentro do jardim. E era suposto adivinhar-mos? E que tal descrever isso no site? incompetência… Enfim, fomos conhecer o nosso quarto, desta vez um dormitório feminino que partilhamos com 2 alemãs mas ao contrário do Passage não era nada acolhedor. Tinha um ar super sombrio, húmido, com os beliches em ferro… No dia seguinte lá saimos para conhecer a cidade, de que não gostei tanto como de Bruges pois tem uma arquitectura muito misturada, com os edíficios típicos lado a lado com novos prédios super modernos. Uma coisa óptima é a quantidade de lojas fashion com desiners exclusivos. Mesmo as outras lojas tinham sempre óptimo aspecto, tudo com muito bom gosto. Lá andamos a passear e a ver edifícios e catedrais outra vez com nomes que não consigo escrever!
Depois de um almoço num restaurante italiano, não resistimos ao cheiro dos gauffres com chocolate belga e, apesar de não termos fome nenhuma, lá comemos um gauffre e fomos apanhar o combóio pra Bruxelas a rebolar!
Bruxelas
Chegadas a Bruxelas fomos tratar de encontrar o nosso hotel. Este foi mais fácil de encontrar e que bem que soube ter um quarto duplo só pra nós, com uma casa de banho privativa com banheira e tudo! Estavamos tão cansadas que chegamos (ainda a rebolar!) e fomos dormir até ao dia seguinte. Foi nesta altura que percebemos que iamos ter um problema para tomar banho pois o nosso quarto e outro eram os únicos com uma espécie de cilindro e então a água quente não chegava para todos… Lá tivemos que ir utilizar a casa de banho de outro quarto que estava livre, enfim… Neste dia apoveitamos para visitar a capital. O centro histórico vale a pena certamente! Fora isto não achei a cidade nada de especial nem tão amorosa como Bruges. À noite fomos visitar o quartier “europeu” que é onde está o edifício da Comissão Europeia que é realmente feio! Depois fomos jantar devidamente ao “Brussels Grill”, um pavé de boeuf avec sauce aux trois poivres. Delicioso para terminar a viagem. No dia seguinte voltamos a Paris, cansadas mas contentes!